No mês em que comemoramos o Dia do Combate ao Câncer, nada mais coerente do que responder essa pergunta. Muitas pessoas ainda não sabem o que, de fato, ele é e, com isso, surgem muitas dúvidas acerca da doença.
O câncer é um termo que, segundo o Instituto Nacional de Câncer, abrange mais de 100 tipos diferentes de doenças malignas. O fato que as assemelha entre si é o crescimento desordenado das células, que podem invadir tecidos adjacentes ou os órgãos do corpo.
Para cada tipo de célula do nosso organismo, pode haver uma característica da doença. Quando esse crescimento desordenado começa na pele ou mucosas, podemos encontrar os carcinomas escamoso, basocelular ou até mesmo os melanomas, estes que são conhecidos pela sua agressividade. Já quando têm os ossos, músculos ou cartilagens como ponto de partida, recebem o nome de sarcomas.
Além do tipo de tecido influenciar na categorização da doença, a velocidade ao qual as células se multiplicam podem variar e algumas podem apresentar a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes.
Início do câncer
As células do corpo têm um ciclo em que crescem, se dividem e morrem de forma ordenada. Porém, quando há neoplasia, como a doença também é conhecida, as células cancerosas continuam crescendo e formando novas células anômalas, pois perdem a capacidade de limitar e controlar seu próprio crescimento.
Para se tornarem cancerosas, as células passam por um dano em seu DNA, que é um composto que contêm as informações genéticas de todas as células. A doença pode ser causada, então, por alterações no DNA que se transformam em oncogenes (genes que promovem a divisão celular) ou por desativação dos genes supressores do tumor (genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo).
A causa da doença e como ela se espalha
Na grande maioria dos casos, o dano ao DNA pode ser entendido por razões comuns, como tabagismo, alcoolismo, obesidade ou exposição exagerada e prolongada ao sol ou agentes hormonais. Há ainda as situações em que as modificações no DNA são herdadas e transmitidas de geração em geração, dando origem as Síndromes de Predisposição Hereditária ao Câncer.
Eventualmente, a doença pode se espalhar ao entrar na corrente sanguínea ou nos vasos linfáticos, o que chamamos de metástase. As células, então, passam a crescer e se espalhar rapidamente e, ao longo do tempo, os tumores vão, progressivamente, substituindo o tecido normal.
Tumores benignos e o que o câncer não é
Uma das maiores dúvidas que logo aparecem em quem recebe o diagnóstico de tumor é se estão com câncer. Porém nem todo tumor é maligno, ou seja, nem todo tumor é cancerígeno.
Apesar disso, os tumores benignos também podem causar alguns problemas. Entre eles, destacamos seu crescimento exacerbado e a pressão exercida em outros órgãos e tecidos saudáveis (mas eles não conseguem os invadir, portanto, não ocasionam metástase).
Dessa forma, ter um tumor benigno não é ter câncer. Geralmente, ele pode ser removido (muitas vezes também não volta a aparecer), não se espalha pelo corpo e não ameaça a vida do paciente.
Câncer tem prevenção e tratamento?
Quando a doença é diagnosticada precocemente, é muito provável que se consiga tratá-la. Mas o risco de desenvolvê-la pode sim ser diminuído! Para isso, apostar em uma mudança no estilo de vida, com uma alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e evitar hábitos nocivos, como etilismo e tabagismo, são essenciais.
Hoje em dia, também existem exames que podem ser realizados para o diagnóstico precoce de alguns tipos da doença, além do rastreamento de câncer hereditário por meio da Oncogenética. Então se você tem histórico da doença na sua família, principalmente em pessoas jovens, com tumores raros, múltiplos ou bilaterais, consulte um oncologista o quanto antes.
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