De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que para cada ano do triênio 2023/2025, sejam diagnosticados no Brasil 73.610 novos casos de câncer de mama, com um risco aproximado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. A neoplasia da mama é considerada a mais incidente entre as mulheres no mundo todo.
Diversos são os fatores de risco para câncer de mama, no entanto a idade acima dos 50 anos é considerada o mais importante. Outros que podem aumentar as chances de desenvolver esta doença são: menopausa tardia, obesidade, sedentarismo, exposição prolongada a hormônios, exposições recorrentes às radiações ionizantes, histórico familiar e fatores genéticos.
As estratégias para a detecção precoce do câncer de mama consistem no diagnóstico precoce, através da identificação de indivíduos com sinais e/ou sintomas iniciais da doença, e no rastreamento, fazendo uso de exames como a mamografia, com o objetivo de encontrar alterações suspeitas para câncer e, a partir daí, prosseguir o encaminhamento das pacientes com resultados anormais para uma investigação diagnóstica com um especialista.
As mulheres devem ser fortemente encorajadas a realizar também o autoexame das mamas, cuja prática pode auxiliar na detecção inicial de um nódulo maligno na mama ou axilas. Já a mamografia deve ser recomendada às mulheres entre 50 a 69 anos, a cada 2 anos, segundo o Ministério da Saúde. Ou ainda, conforme a Sociedade Brasileira de Mastologia, a recomendação é mais cedo, a partir dos 40 anos. Àquelas pacientes que apresentam história familiar positiva para câncer de mama, o rastreio também deve ser iniciado mais precocemente.
Importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos. O tratamento irá depender do estágio que a doença se encontra e, quanto mais inicial, maiores as taxas de cura. A partir de então, podem ser indicadas diversas estratégias, como cirurgia, hormonioterapia, quimioterapia, radioterapia, terapia alvo e imunoterapia.